Casa na Árvore (Floresta de Nilmarien)

Uma casa na árvore, feita numa gigantesca árvore.

Spoiler:

Aelin e Ghost chegaram ali. Era uma casa bonita, como era em meio a natureza, gostou do lugar. Olhou os lados a procura de alguém, olhou para Ghost.

- Consigo sentir o cheiro além das frutas?

Esperou uma resposta de Ghost antes de ir entrar na cabana com cautela e curiosidade.

Ghost abanava o rabo e ia para porta arrastando ela.

De lá abrindo saia um elfo, que mesmo tendo a aparência jovem de elfo, dava para notar que era bem velho.

Sua voz era potente

O que alguém como vc faz aqui?

Spoiler:

Aelin encarou o elfo por alguns segundos em silêncio, o cenho levemente franzido.

- Perdida. Não que outro motivo eu teria além desse.

Respondou com calma, sem intenção de ofender.

- Achei que não tivesse ninguém aqui, então, hã, estou indo... Não quero incomodar e, no momento presente, não quero problemas. Vou voltae para a paz e conforto da floresta... Hã... Senhor?

O elfo observava Aelin por um momento e dizia

Entre

Ele a convidava a sua humilde casa, se assemelhava a uma confortável casa de Hobbit (senhor dos anéis), mas ao estilo elfico.

Ele pede para se sentar e serve frutas frescas para os convidados.

Aelin, meio desajeitada, introvertida, se sentou em algum lugar que não parecesse errado para visitantes, Ghost super de boa sentado ali do lado no chão. Aceitou as frutas com um obrigado, cheirando com desconfiança se não estava envenenado antes de por na boca para comer. Depois, deu algumas frutas para Ghost.

- Está floresta... Hm, você é um elfo, o que faz morando aqui sozinho recluso? Fez algo errado?

Perguntou ela, comendo mais umas frutinhas.

- Quem é você?

Como pode não saber quem eu sou e assumir que fiz algo de errado?

Então lhe respondo com uma pergunta

Pq vc faz o q vc faz?

Aelin podia perceber que estava sendo testada.

Ela o encarou por alguns instantes e depois para o chão, o olhar distante de tanto pensar. Agora que confrontada com uma pergunta que ela mesma havia deixado de lado desde que se deparou com Hagar e Heragram, não sabia exatamente como responder àquilo.

Suspirou e disse, com sinceridade, porém ainda muito reflexiva.

- Não sei a resposta para isso. Com tudo o que aconteceu, e como tenho estado ocupada, algumas coisas são confusas.

Porém, ainda lembro que quero mostrar algo. Quero provar algo. Ousado, mas isso que me motivou a sair das sombras e sair por aí como tenho feito e agido como tenho agido.

Tomando partido e contribuindo para algo bom e maior.... Mas ainda assim, quando penso de forma mais profunda nesse abstrato, é confuso. Não está mais tão claro como no passado. Parece errado dizer isso, mas é como me sinto.

Então voltou a olhar para o elfo.

- Me perdoe, se sei quem você é, não me recordo... Mas algo me diz que você sabe quem eu sou

Sim

Eu conheço vc, notei quando apareceu.

Vc é filha da minha filha e filha do filho do meu inimigo

Dizia ele

Aelin estreitou um pouco os olhos depois de os ter aberto um pouco por surpresa. Respirou fundo quando notou que tinha prendido a respiração.

- Então... Você é meu avô materno. Um alto elfo. Por suas regras, ela precisou fazer o que fez.

Agora tinha um tom acusatório em sua voz, é um frio olhar calmo e cauteloso.

- Com relação a meu pai, você precisa ser mais específico quanto a inimigo, tendo em vista os dois tipos de ascendência dele .

E, novamente, o que faz aqui sozinho? Fez algo que não devia? Eu fui a causa de alguma vergonha?- essas últimas palavras ditas em um tom levemente ríspido.

Aelin tinha uma expressão um tanto sombria no rosto, e o fato de parecer calma, inabalada, só tornava sua expressão pior.

- Ódio por quem ela se relacionou? Ridiculamente egoísta e possessivo.

Disse ela, ao ficar de pé, mas ainda olhando para ele.

Ghost fez a mesma coisa e, percebendo a postura de Aelin, ela arreganhou as presas, rosnando baixo em aviso para aquele elfo.

- Ninguém decide racionalmente quem irá amar ou se relacionar. Por causa disso, eu fiz o que fiz, e faço o que faço, obrigada por me lembrar. Essa... Forma de vida de vocês, altos elfos, é bastante discriminatória e errada.

Então, vejo que não tenho nada para fazer aqui se a única coisa que pretende fazer é lamentar esse ódio para cima de mim, que não tenho culpa de nada do que meus ascendentes fizeram, mas que ainda assim sofri por suas perdas e suas ausências... Por culpa de vocês, altos elfos. Tenho coisas mais importantes para nosso mundo a resolver.

He, eu sim mereço esse ódio, mas acho que posso compensar por isso, sei de algo que vc realmente não sabe.

Dizia ele com semblante misterioso.

Sei quem é seu avô paterno, e o segredo que ele guarda

Tinha sido paciente e educada até aquele momento. Pessoas que costumam falar de tal maneira e com ódio, eram perigosas. Ghost rosnava agora mais alto, os pelos atrás de seu pescoço eriçados.

Aelin agiu por instinto de sobrevivência e sacou seu arco e uma flecha.

- E que segredo seria esse? O que vocês, ascendentes, acham ou fazem e mantém segredo que possa me impressionar? Já disse, da parte de meu pai, há dois tipos de ascendência. Humana e élfica, qual desses avôs paternos você se refere?

Humano, elfico não existe mais nada, sua linhagem se foi por se unir a outros.

Pq vc acha que tem esse arco?

O nome da sua linhagem é Archer, o símbolo é o arqueiro montado.

E não adianta montar esse arco, posso ver que sua habilidade com ele é pífia, nós elfos somos os melhores e sabemos disso

Dizia ele voltando ao fogo do fogão.

Aelin revirou os olhos.

- Esse é o problema de vocês. Tudo bem manter a linguagem, mas fazer miscigenação um crime é exagero desmedido.

Agora, com o comentário sobre suas habilidades, ela arqueou ambas as sobrancelhas.

- Ah, é mesmo? Não me importo se você acha que minha habilidade é ruim. Afinal, é minha habilidade, não sua, não de vocês. MINHA. Não preciso ser igual a ninguém.

Disse ela, voltando a se sentar no sofá.

- Vou direto ao ponto: você tem esse ódio aí, se pretende fazer algo comigo do tipo me matar, me diga logo e vamos lutar. Se não, eu não sei. Estou cansada de agitação e gente e perseguição, esperava parar pelo menos por um dia...

HAhahaha

Realmente a linhagem humana acabou com seu raciocínio

Dizia ele

Parece que não entendeu o que eu falei, pegou o primeiro sentimento e não desistiu dele, bem arrogante para uma elfo da neve.

Ele dizia saindo da casa dizendo.

Se quer paz, fique aqui e não saia, mas para alguém que quer provar algo, não existe paz disso.

Ele saia deixando Aelin lá sozinha com Ghost que ficava quieto num canto.

Aelin revirou os olhos de novo

Esperou ele sair para se acomodar no conforto daquele sofá.

- Bla bla, linhagem, bla bla... Eu tô cansada demais pra ser cordial e lidar com isso. Só quero uma cama e uma noite antes de fazer qualquer coisa.

Disse ela, sozinha, depois que ele saiu. Suspirou e olhou para o nada. Então falou com Ghost.

- Ghost, para você deve ser fácil, é um lobo. Seu modo de vida é simples. Bem... Vamos dar uma pausa e descansar e aprender coisas novas e então vamos atrás dos outros, não é, amigão? Precisamos desse tempo mesmo. Estava sendo desgastante andar em um grupo grande.

Ghost apenas a encarava. Ele inclinou a cabeça para o lado.

- Aliás, nessa saída dele, seria uma deixa para segui-lo? Hm...

...

Depois um tempo, Aelin então se deu conta que, já que estava ali, e o elfo tinha saído, iria investigar um pouco. Se levantou e começou a olhar aquela casa a procura de algo como cartas ou livros de magia. Algo que indicasse que ele estivesse falando a verdade e garantia que não irá tentar matar ela e também, algo sobre sua mãe, sua família, segredos.

Ghost ficou aonde estava, de segurança, atento para caso o elfo volte, ele avise isso.

Ela achava sim anotações, e por incrível que pareça cartas de sua mãe enviados para ele.

Era cartas dizendo que não voltaria e pedindo desculpas ao pai dela (avô de Aelin) que não seguiu desígnios e a missão que lhe fora dada, viu o mundo e decidiu viver nele com outra pessoa, um elfo celeste. O sobrenome do elfo celeste era antigo e tinha sido renomeado.

Ela percebe grande quantidade de informações sobre o elfo celeste e de onde veio, ali descobre que a pessoa que o elfo velho amava havia se unido a um humano nobre, e de sua união nasceu o elfo celeste que no futuro se uniu a sua filha.

Havia diários dele mostrando que havia perdido dois amores de sua vida em pouco tempo, a mulher que a amava e sua filha para a mesma linhagem que ele decidiu amaldiçoar por toda a vida.

Por causa disso, se isolou nas florestas, seu ódio o consumiu até ficar louco e nunca mais voltou a cidade de Nilmarien.

Isso fora a 50 anos.

Porém Aelin nota que elfo celeste seu pai, vinha de uma família humana nobre de Itiltar se sobrenome Archer, cujo, símbolo era o Arqueiro Montado.

Ela lembra de ter visto esse símbolo antes, e depois de muito pensar, lembra, que tal símbolo estava nas vestes da arqueira que tentou te matar no navio.

Aelin franziu o cenho com o símbolo.

"Que motivo, então, essa arqueira teria para me matar se ela, aparentemente, ou é minha parente ou estava serviço deles?", pensou ela, confusa.

Não tinha feito nada além de... nascer. Será que não havia um familiar que não a odiasse? Tal pensamento lhe fez se sentir um pouco triste e sozinha, mas logo passou. Não daria se importar com isso, não fizera tanta questão todo esse tempo, não seria agora que o faria.

- É, Ghost, acho que só você mesmo para ficar do meu lado...

Aelin continuou a procurar por mais coisas. Queria saber mais sobre esses Archer, que, para ela, seu nome era Ashryver ao que se lembrava, e alguma coisa como um diário de seu avô, algo que lhe mostrasse mais sobre o ódio dele. Queria também localização deles, formas de encontrá-los.

Precisava saber mais, entender mais.

OFF: engraçado as conclusões que vc chega nunca mudam

O diário resumia em si aquilo que fora dito, o ódio consumiu e ele veio pra cá, mas de tão velho o ódio agora não significava nada, ele não tinha mais nada, apenas a longevidade dos elfos o mantinha ali vivo. Pensava numa forma de acabar com esse ódio, mas todos que amavam e conhecia se foram já, mortos.

Obviamente era a última coisa que tinha dos Archers, ainda mais que eram humanos em Itiltar, então somente em Itiltar poderia ter alguma coisa relacionada a eles.

Aelin, enquanto esperava ele voltar, procurava agora por livros relacionados a magia. Pensou se encontraria algo relacionado a magia da terra ou algo que pudesse aumentar seus conhecimentos mágicos.

Ela não encontra nada relacionado a magia, e passasse o dia todo e ele não volta.